sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Experimentar a Palavra de Deus



"Achadas as Tuas palavras, logo as comi; as Tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração." Jeremias 15:16, ARA


            Há muitos anos, o príncipe de Granada e herdeiro da coroa da Espanha foi colocado em confinamento numa antiga prisão chamada “Praça da Caveira”. Deram-lhe apenas um livro: a Bíblia. Depois de 33 anos de prisão, ele faleceu.
            Ao visitarem a cela onde ele estivera por tanto tempo, encontraram algumas anotações nas paredes. Aqui estão algumas: o Salmo 118:8 é o verso central da Bíblia; Esdras 7:21 contém todas as letras do alfabeto, exceto a letra J [na língua dele e na versão que ele usava]; não encontramos na Bíblia nenhuma palavra com mais de seis sílabas.
           O príncipe aprendeu fatos bíblicos, mas aparentemente nada mais significativo ou inspirador para sua vida ou a de outros.
           Ao nos aproximarmos da Bíblia, podemos ser beneficiados com sua leitura, fazendo duas perguntas simples: (1) O que isso significa? (2) Como posso viver isso?” Na primeira pergunta, vemos a Bíblia como livro de estudo. Na segunda, como livro devocional.
           Para responder à primeira pergunta, temos que ler, comparar versões, ter dicionários e comentários para ajudar na pesquisa. É bom para exercitar a mente. Mark Twain dizia: “Muitas pessoas se incomodam com aquelas passagens das Escrituras que não entendem, mas para mim são justamente as passagens que eu entendo, as que me incomodam.”
          A resposta à segunda pergunta leva mais tempo para ser encontrada. Requer disciplina e entrega. Sinto que o texto lido tem que ver comigo e foi escrito para mim. Pergunto-me também: Preciso imitar alguém? Diante do que li, devo assumir algum compromisso ou realizar alguma mudança? Há alguma promessa para mim?
          É nesses momentos devocionais que as palavras de Deus nos trazem conforto, inspiração e ânimo. Estamos vivendo num tempo curioso. Nunca foram vendidas tantas Bíblias como no presente. Podemos encontrar Bíblias em diferentes traduções, com diferentes capas, para ler de perto e de longe. Foram feitas edições especiais para mulheres, universitários, jovens, desbravadores, etc., na esperança de incentivar a leitura. Mas nem por isso estamos lendo mais. Nossos encontros com ela são apressados, encaixados na agenda lotada. Devemos lembrar que são esses momentos que vão nutrir a vida espiritual e fortalecer a fé. Do contrário, vamos sofrer de “anorexia bíblica” por apenas mordiscar a Palavra.
          Imitemos o profeta: “Achadas as Tuas palavras, logo as comi; as Tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração”.

Meditações Matinais 2011, CPB.

Fãs ou Seguidores de Jesus



Nem todo aquele que Me diz: “Senhor, Senhor”, entrará no reino dos Céus.
Mateus 7:21


            Você já deve ter escutado esta história várias vezes. Vou repeti-la como técnica de reforço. É a história de Charles Blondin, famoso equilibrista francês. Quando visitou os Estados Unidos, ficou fascinado com as cataratas do Niágara. Decidiu atravessá-las equilibrando-se em um cabo de aço. Extensão da travessia: 330 metros. Altura: 220 metros.
            Cem mil pessoas se reuniram para ver a façanha. Era um negócio de vida ou morte. Não havia rede de segurança. Blondin atravessou a primeira vez. Na segunda vez, tirou fotografia das pessoas. Numa outra vez, levou uma cadeira e ficou em pé nela. Em outra, preparou um omelete. E então atravessou com um carrinho de mão. Foi aí que se aproximou da multidão e perguntou: “Vocês acreditam que eu consigo atravessar?” Claro, todos acreditavam. “Quem quer entrar no carrinho?”, perguntou Blondin. Fez-se grande silêncio. Então, um homem, Harry Colcord, que conhecia Blondin e tinha trabalhado com ele, e o havia visto atravessar cem vezes, entrou no carrinho de mão e foram para o outro lado. Blondin tinha milhares de fãs, mas apenas um seguidor.
            Estrelas da TV e do cinema, jogadores e heróis têm seus fãs. Às vezes, esses fãs assistem ao espetáculo em que seus ídolos se apresentam. Fora isso, nenhum compromisso.
            Conhecemos pessoas que são fãs de Jesus, mas nunca elevam seu nível de compromisso com Ele. Permanecem apenas como fãs. Há muitos que visitam nossas igrejas e ficam maravilhados, se desdobram em elogios. “Que ensinamentos bonitos vocês têm! Como seria se mais gente soubesse disso! Que música inspiradora! Senti-me perto do céu!” “Os anjos estavam cantando com vocês!” Outros dizem: “Gente, era isso que eu estava precisando. Eu quero conhecer mais.” Mas, na hora de decidir, deixar de ser fã para se tornar seguidor, colocar-se ao lado de Deus, vacilam.
            Lembro-me de quando era pastor da Igreja Adventista Central de Brasília e comecei uma série de estudos bíblicos com uma senhora. Ela recebia como se fosse novidade tudo que eu lhe mostrava na Bíblia. Ao estudarmos sobre a volta de Jesus, percebi a inquietação dela. No fim do estudo, ela disse: “Infelizmente, não vai dar para continuar. Para aceitar isso vou ter que renunciar a muita coisa. E, por enquanto, não estou disposta.”
             Fãs ou seguidores de Jesus? Ele disse: “Se alguém quiser acompanhar-Me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-Me” (Lc 9:23).

Meditações Matinais 2011, CPB.

A Alegria de Jesus



"Tenho-lhes dito estas palavras para que a Minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa." João 15:11


          A maioria das figuras e imagens que retratam Jesus mostram-nO em Suas ultimas três horas de vida. Rosto sangrento, pálido e cheio de sofrimento. Outras figuras O mostram como alguém sério e circunspecto. Se você pensa em Jesus como alguém sempre franzindo a testa, suspirando de indignação, uma pessoa severa, está longe da verdade.
          Felizmente, de algum tempo para cá, apareceu aquilo que tinha sido considerado quase como um sacrilégio: Jesus sorridente, bronzeado, cheio de vida. Um Redentor com leveza no andar e simpatia no olhar. Mesmo que ninguém tenha registrado que Ele sorriu, não tenho dúvida de que havia em Seu rosto um cordial sorriso franco, cheio de sinceridade.
          Isso mesmo! O Homem que veio nos salvar irradiava alegria por onde quer que andasse. Se Seu semblante fosse o de uma pessoa sisuda, não teria atraído para Si as multidões como o fez. Marcos afirma em seu Evangelho que “a grande multidão O ouvia com prazer” (Mc 12:37). Era bem diferente do semblante carregado dos dirigentes religiosos da época.
          Ele foi o verdadeiro agente da alegria. Na parábola dos perdidos e achados, houve alegria. No leproso que voltou para agradecer; no cego que voltou a ver; no paralítico que andou; no surdo que ouviu, em todas essas ocasiões e pessoas houve alegria. Ela também existiu quando Ele alimentou a multidão, recebeu as crianças e acalmou a tempestade. E que imensa alegria deve ter havido na manhã da ressurreição, quando Ele falou para as mulheres “Salve!” (Mt 28:9). Foi como se estivesse dizendo: “Alegrem-se!”
          A alegria que Ele dá é muito mais duradoura do que a hilaridade e o burburinho efervescente que terminam depois de uma festa. No pacote da graça, está incluída a alegria e Deus nos dá essa alegria todos os dias: nas gargalhadas de um bebê, no seu sorrisinho quando está dormindo, no canto do pássaro, no orvalho da manhã, no alarido das crianças, no brilho do céu, na formatura dos filhos, quando os noivos dizem “sim” no altar...
         Por que não decidir ter hoje um dia com aquele sentimento de paz, bem-estar e alegria que só Jesus sabe dar?
       “A alegria é a bandeira desfraldada no castelo do meu coração, pois o Rei está hospedado nEle” (autor desconhecido).


Meditações Matinais 2011, CPB.

A Lei de Deus no Coração



“Esta é a aliança que farei com a comunidade de Israel depois daqueles dias”, declara o Senhor. “Porei Minhas leis em sua mente e as escreverei em seu coração.” Hebreus 8:10


          Se você estivesse ali, no Sinai, no dia em que a lei de Deus foi concedida, e tivesse escutado tudo o que Ele falou, como você interpretaria o que Deus estava dizendo aos israelitas?
          Como Eu o libertei do Egito, você deve fazer exatamente o que Eu estou pedindo. Eu o libertei. Você é livre agora para viver uma vida nova. Aqui está uma lista do que você tem de fazer para comprar sua liberdade.
           Seria bom darmos uma olhada no que Deus tinha em mente ao conceder a lei. Os Dez Mandamentos não começam com uma ordem, mas com uma declaração. Antes de dar a lei, Deus disse a Moisés: “Quero que você lhes diga quem sou Eu e o que fiz por eles.”
           Antes de qualquer palavra ou ação, Ele Se identificou: “Eu sou o Senhor, o seu Deus, que os tirou da terra da escravidão. Eu fiz por vocês aquilo que não podiam fazer por si mesmos. Assim que, de agora em diante, quero um relacionamento no qual vocês estejam livres da opressão, da escravidão, das coisas que os amarravam.”
          Deus estava lembrando não apenas que os tinha criado, mas que os havia redimido. Seu ato de redenção e libertação veio antes da lei. Ele queria lembrar aos israelitas que era um Deus de graça e de amor, que eles não tinham mérito nenhum para que Deus fizesse aquilo por eles. A libertação não foi um prêmio pelo bom comportamento deles. A obediência deveria mostrar gratidão pela liberdade que tinham recebido.
          Não gostamos de regulamentos e faixas amarelas restringindo nosso espaço. Não apreciamos leis e restrições quando elas contrariam nossos gostos e caprichos. Queremos espaço, liberdade. Não gostamos de ouvir um “não” para aquilo que temos vontade de fazer.
          Por que não podemos ver a lei de Deus não como restrição, mas como um dom da graça de Deus? A graça é o contexto em que a lei foi dada.
         “Toda verdadeira obediência vem do coração. Deste procedia também a de Cristo. E se consentirmos, Ele de tal maneira Se identificará com nossos pensamentos e ideais, dirigirá nosso coração e mente em tanta conformidade com Seu querer, que, obedecendo-Lhe, não estaremos senão seguindo nossos próprios impulsos. [...] Quando conhecermos Deus como nos é dado o privilégio de O conhecer, nossa vida será de contínua obediência” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 668).

O Sabor da Fofoca



               Boatos e “fofocas” são o prato preferido de muita gente. Certas pessoas sempre querem um pouco mais, estão sempre com fome. Provérbios 26:22, A Bíblia Viva
               Você já deve ter escutado a história do pastor que tinha em sua igreja duas irmãs fofoqueiras. Um dia, elas viram o carro dele estacionado na frente de um bar, e começaram a espalhar pela igreja que o pastor tinha problemas com bebida.
               Sem que o pastor soubesse, a história se espalhou. Ao descobrir quem estava por trás do boato, o ministro deixou seu carro estacionado durante a noite em frente a casa daquelas irmãs.
               Apesar de não concordarmos com a maneira original de o pastor lidar com o problema, sabemos dos males que a fofoca pode causar. Basta somar a uma situação inusitada, uma pessoa conhecida e importante, e pronto: temos elementos suficientes para a fofoca.
               Na fofoca, procuramos desacreditar alguém ausente. Espalhamos notícias que fazem com que as pessoas pareçam más. Pode até ser verdade o que estamos dizendo, mas se estamos fazendo isso com a intenção de causar dano e diminuir outra pessoa, estamos incorrendo em erro, fazendo fofoca.
               Às vezes, começamos dizendo: “É apenas uma preocupação, mas o que é que você acha de...?” Ou em tom de segredo: “Você soube? Não é mentira. Eu vi. Eu ouvi. Eu estava lá. É verdade mesmo!” E daí recitamos uma suculenta fofoca que vai render durante muito tempo, motivada por inveja, vingança, ou pelo desejo de nos fazer mais importantes do que a outra pessoa.
              A fofoca pode ser altamente destrutiva no ambiente de trabalho. A pessoa alvo da fofoca passa a ser vista como indigna de confiança e fica fora da lista de promoções ou de serviços especiais. Cria-se, assim, um ambiente difícil, gerado pela fofoca. E quando a pessoa está decidida a fofocar mesmo, aumenta sua rede de contatos por meio do telefone e do e-mail.
             O tecido das relações humanas deve ser entremeado de lealdade, transparência e franqueza. Se você notar que a conversa está rumando para a fofoca, mude de direção. Com tato, procure fazer com que a conversa volte ao nível da troca de informações e de ideias. Se você acha que durante o dia ultrapassou o limite, confesse a Deus sua falta por ter escutado e dado atenção à fofoca.
            “Ó Deus, examina-me e conhece o meu coração! Prova-me e conhece os meus pensamentos. Vê se há em mim algum pecado e guia-me pelo caminho eterno” (Sl 139:23, 24, NTLH).

Meditações Matinais 2011, CPB.

Decisões Impulsivas



"Então Jacó serviu a Esaú pão com ensopado de lentilhas. Ele comeu e bebeu, levantou-se e se foi. Assim Esaú desprezou o seu direito de filho mais velho." Gênesis 25:34


             A diferença entre os gêmeos levantou preferências desiguais entre os pais, e alimentou um favoritismo cada vez mais visível. Como ocorre hoje nas famílias: filhos diferentes em temperamento e inclinações. Um gosta de esportes, de sair, andar. O outro gosta de ler. Enquanto um vai à praia surfar, o outro gosta da internet. Um gosta de mexer no carro, o outro gosta de música.
             São dois rapazes diferentes assim os atores da próxima cena. Um se chama Esaú. Gosta da vida ao ar livre: de caçar, subir, descer, acampar. Eu o imagino um tipo musculoso, vestindo colete de couro, calçando botas de cano curto. E em lugar de um bom carro, usando uma dessas picapes com tração nas quatro rodas que anda por estradas difíceis. Jacó, que cuidava dos interesses da família, gostava de ficar na tenda com os trabalhadores e o rebanho.
             Um dia, Esaú voltou de uma de suas caçadas na qual não tinha ido bem. Estava exausto e faminto. Quando você está com fome, o cheiro de comida assume poder de atração maior. Especialmente aqueles pratos cujo aroma é difícil de esconder: pão quentinho, pipoca, milho assado.
             Ao se aproximar do acampamento, o olfato levou Esaú à tenda de seu irmão, que tinha preparado um ensopado de lentilhas. Esaú disse: “Mano, não aguento mais! Faz tempo que não como um ensopado.”
             Em qualquer família o mais comum seria dizer: “Tem bastante. Pode pegar. Sente aí. Vamos comer juntos!” Mas o que vemos faz parte de uma trama incrível. “Vamos negociar”, disse Jacó. “Você me vende seu direito de filho mais velho e eu lhe dou a comida. Feito?”
             Esaú não demonstrou respeito nenhum pela família, nem por sua honra. Deixou-se levar pelo apetite e menosprezou a primogenitura.
            A Bíblia tem muito a dizer sobre nossas escolhas. E nos adverte para não deixarmos de lado privilégios espirituais em troca da satisfação momentânea dos sentidos.
             Jesus deixou de lado Seu direito à “primogenitura” para nos salvar. Da nossa parte, vamos recebê-la como um presente da graça de Deus.
            “Contudo, aos que O receberam, aos que creram em Seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus” (Jo 1:12).
            Esse é o Salvador de que todos necessitam.

Meditações Matinais 2011, CPB.

Adotados Pela Graça



"Vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temerem, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: “Aba, Pai”." Romanos 8:15


          A vida pastoral tem momentos ricos e inesquecíveis. O pastor acompanha de perto sonhos e problemas dos membros da igreja.
          Enquanto eu era pastor na Igreja Adventista Central Paulistana, acompanhei a história de um casal que descobriu que não podia ter filhos. Decidiram adotar uma criança e se cadastraram em uma cidade do Paraná. Como a criança estava demorando a aparecer, também preencheram cadastro em outra cidade. O que aconteceu? No mesmo dia, nasceram as duas crianças! O que fazer? Com qual das duas ficar? Corajosamente, decidiram adotar as duas.
           Quase um mês depois, fui visitar o casal com seus dois filhinhos. Não vou esquecer o momento em que a mãe trouxe o bebê que estava acordado, e, segurando-o cuidadosamente nos braços, disse: “Olha só, filhinho! O pastor veio visitar a gente!”
            Eu dizia comigo mesmo: “Mas o bebê acaba de ser adotado! Como é que dentro de tão pouco tempo se desenvolveu amor tão grande e um vínculo afetivo tão forte assim?” Estava nos braços da mulher alguém que não tinha nascido dela, mas ela o apresentava orgulhosamente como filho. Quantas histórias bonitas e quantas fotografias mostram a felicidade dos pais com seus filhos adotivos.
            No tempo em que Paulo escreveu o texto de hoje, as leis romanas já permitiam a adoção. Na maior parte dos casos, tratava-se da adoção de escravos já em maioridade, que eram comprados para ser libertos. Outros, em situação bem diferente, eram levados para a casa da pessoa que os havia libertado para ser recebidos como filhos, como membros da família.
            A adoção é uma das ilustrações que Deus usa para mostrar o relacionamento que Ele quer ter conosco. Quando aceitamos Cristo como nosso Salvador, somos adotados como Seus filhos e começamos vida nova. Temos direito a uma nova posição: não mais a de servo, nem escravo, mas de filhos e filhas.
           “Aos que O receberam, aos que creram em Seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus” (Jo 1:12).
             E quanto à participação na herança futura, somos co-herdeiros juntamente com Cristo, pois o mesmo apóstolo diz: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele, pois O veremos como Ele é” (1Jo 3:2).


Meditações Matinais 2011, CPB.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A Promessa da Presença de Deus



Respondeu o Senhor: “Eu mesmo o acompanharei e lhe darei descanso.” Êxodo 33:14

           Ao dar os primeiros passos em 2011, não temos ideia de como vamos percorrer cada um dos seus dias. Começamos o ano novo querendo saber o que ele vai nos trazer. Temos planos, projetos... Mas, e a realização deles é certa?
           Quantos colocaram em mente que 2011 será um ano diferente porque escolheram poucas resoluções com a determinação de que vão cumpri-las. O povo de Israel ia iniciar uma grande caminhada. Apesar de ser um caminho pelo qual nunca haviam passado, não deviam temer nenhuma experiência, por mais estranha que fosse. O pedido de Moisés não foi: “Senhor, mostra-nos o caminho.” Ele não pediu estradas abertas, caminhos aplainados, locais confortáveis de parada na rota do deserto. Não pediu milagres, nem sinais. Pediu a presença de Deus que seria vista numa nuvem de dia e numa coluna de fogo à noite.
            Moisés reconheceu que em sua própria força não iria conseguir atravessar o deserto. Foi tão enfático que disse: “Se não fores conosco, não nos envies. [...] Que mais poderá distinguir a mim e a Teu povo de todos os demais povos da face da Terra?” (Êx 33:15, 16). “Melhor é morrermos aqui do que irmos a Canaã sem a Tua presença!”
            Estamos iniciando um ano novo. Teremos oportunidades, desafios e lutas para enfrentar. Deus sabe por onde e como nos levar para a realização dos nossos sonhos e estará ao nosso lado.
           Ele sabe o que temos que enfrentar e conhece nossas forças e limitações. Pode ser que nossa força e confiança não sejam suficientes. Ele não ignora cansaço, distância e imprevistos.
           Ao encarar as realidades do novo ano, podemos ter certeza de que Deus está ao nosso lado, trazendo sentimento de paz e descanso.
           Deus nos chama para o novo, mas o desconhecido só pode ser encarado com tranquilidade se Ele estiver ao nosso lado. Se temos certeza de que a presença de Deus está conosco, podemos, com confiança, enfrentar frio e calor, sol e chuva, vale ou montanha.
           Há um Deus que não muda. Um Deus que conhece o caminho. Será que nosso pedido vai refletir o pedido de Moisés? A promessa é: “Estarei sempre com vocês. Minha presença os acompanhará.”


Post: Meditações Diárias,CPB.

Uma Porta Aberta



"Porei sobre os ombros dele a chave do reino de Davi; o que ele abrir ninguém conseguirá fechar, e o que ele fechar ninguém conseguirá abrir."
 Isaías 22:22


            O ano de 2011 sem dúvida deixou muitas lembranças que marcaram nossa vida. A primeira página deste ano ainda está em branco, limpinha. Você é que decidirá como vai encher esse espaço. Aí estão os desafios e as oportunidades diante de você. Cada dia será um convite para colocar mais carinho e determinação naquilo que você fizer. Você é que vai decidir as prioridades que adotará e que direção vai tomar em cada dia deste novo ano. Que mudanças ocorrerão em sua vida? Quantas bênçãos Deus tem armazenadas para nós? Não há nada mais confortador que saber que na entrada deste novo ano Jesus está dizendo: “Quero abrir uma nova porta para você, e Eu tenho as chaves.” Vamos olhar para as mãos dAquele que tem as chaves. Ele tem nas mãos as marcas do preço que já foi pago para que você e eu vivamos plenamente.
           Em nossa ansiedade, perguntamos: Que surpresas me aguardam? Que desafios deverão ser superados? Que medos terei que enfrentar? Que oportunidades surgirão? Vou conseguir o emprego com o qual estou sonhando? Vou entrar na faculdade? Aquele relacionamento vai “deslanchar”? Todas essas inquietações são compreensíveis.
            Deus está abrindo uma porta diante de você. Porta aberta é sinal de boas-vindas, de cordialidade e de que você é aguardado. Jesus tem as chaves. “Eu abro as portas conforme o Meu querer. E as fecho também. Ninguém vai fechar o que Eu abrir. Ninguém vai abrir o que Eu fechar.”
             Ele é soberano. Não são as pessoas, nem as nações que vão ditar a história deste mundo; é Deus. Perdemos muito na tentativa de seguir nosso próprio caminho. Algumas vezes, queremos forçar nosso caminho através de portas fechadas. Convide Jesus, pois Ele diz: “Vou descortinar diante de você a visão daquilo que poderá realizar, e do que 2011 poderá significar em sua vida.” Como Deus conhece o futuro e vê bem adiante, Ele quer iluminar seu caminho.
            Enoque andou 300 anos com Deus. Nosso desafio será andar, pela graça de Deus, 365 dias com nosso Criador. Novo começo, novos propósitos e novo poder, pois a promessa é: “Tudo posso nAquele que me fortalece” (Fp 4:13).

Post: Meditações Diárias,CPB.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A Corrida Cristã



"Livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta." Hebreus 12:1

           Até hoje se discute se Jim Peters, por ocasião dos jogos do Império Britânico realizados no Canadá, em 1954, realmente bateu o recorde de maratona. Peters entrou no estádio 15 minutos ou mais de cinco quilômetros antes do corredor que o seguia. Acontece que, logo que entrou no estádio, cambaleou e caiu. Levantou, deu um passo e caiu novamente. Levou 15 minutos para avançar os últimos cem metros. Continuou caindo antes de atravessar a linha final. Mas a linha final que ele ultrapassou era a linha errada, que estava sendo usada para outra competição. A linha de chegada da maratona estava mais adiante.
           Na passagem do texto de hoje, a vida cristã não é comparada a uma corrida de velocidade, mas a uma maratona. Nas corridas de velocidade, você corre uma distância curta (100 m, 400 m, 800 m e 1.500 m) o mais rapidamente que puder, e a velocidade é o item decisivo. Mas, na maratona, a perseverança é decisiva.
           Os maratonistas fazem seu treinamento por anos, seguindo prescrições quanto à dieta e ao descanso. Além disso, cuidam do kit da corrida, que deve conter roupa leve e tênis apropriados. E eles mencionam que há dois momentos decisivos na corrida: o primeiro é logo no início. A corrida começa, a multidão grita e, como você se sente bem, a tentação é correr mais rápido em menos tempo. Então, você gasta energia e pode não ter o suficiente para o restante da corrida. O segundo momento decisivo é na metade do trajeto. Você percebe que ainda tem que correr a mesma distância que já correu, mas está cansado. Chega um momento em que você está no fim da sua resistência e não tem certeza de que vai dar sequer um passo mais.
            Outro item decisivo é o excesso de peso. Quando olhamos para os corredores, descobrimos que todos são magros e ágeis. O excesso de peso pode ser a diferença entre a derrota e a vitória.
            Existem muitas coisas para nos desviar a atenção. Mas Jesus já marcou todo o trajeto com bandeiras. Cada trajeto é único, diferente.
            O que os maratonistas mais desejam ver? A fita de chegada. Parece que essa visão lhes dá novo ânimo para a arrancada final, mesmo que estejam no fim das forças.
            O cristão deve correr com os olhos postos em Jesus. É Ele que está na linha de chegada para dar um abraço nos vencedores.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O verdadeiro sentido do Natal

Natal... Talvez você se pergunte, qual é o significado do “Natal”. Para este mundo, o Natal é uma data feliz, onde reunimos toda a família e participamos todos juntos de uma grande ceia. Uma ceia onde encontramos de tudo para comer. O Natal é uma festa tradicional, onde os velhos costumes são preservados. Trata-se de feriado onde tudo pode acontecer, porém muitos se esquecem da verdadeira essência deste dia.
No Natal comemoramos o nascimento de nosso Salvador Jesus Cristo, que veio a este mundo com um único propósito, nos livrar das garras do pecado. Não que Jesus tenha nascido em 25 de dezembro, mas pela comemoração e lembrança dAquele que fez tudo por cada um de nós. Natal quer dizer nascimento, ou seja, nascimento do nosso Salvador.
Agora pergunto, o que Papai Noel tem a ver com essa data? Estas fantasias só foram criadas para nos distrair do nosso foco, que é Jesus. Papai Noel, Renas, trenó, Polo Norte, etc, são coisas que não deveriam fazer parte da vida das crianças, pois ocultam Aquele que veio para nos trazer salvação.
Para outras pessoas, o Natal é o período para ganhar dinheiro. Quantos estabelecimentos comerciais se empenham fazendo horários extras para vender cada vez mais, oferecendo seus produtos em grandes promoções, com propostas acessíveis a todos. Os grandes centros comerciais ficam lotados de pessoas comprando de tudo o que vêem pela frente.
Por isso amigos e irmãos, é muito bom este período, muito alegre e festivo, porém, não vamos nos esquecer que o Natal é um dia para adoração, meditação e oração. Lembremo-nos de Jesus neste dia e agradeçamos ao Pai do Céu pela maior prova de amor que Alguém poderia nos dar. Deus, o Pai, enviou Seu próprio Filho para vir a este mundo e morrer em nosso lugar.
Que o Senhor abençoe a todos e lhes dê a paz.

Recomendo que você "ganhe" uns minutinhos vendo este vídeo:

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Mais Poderoso do que as Ondas


“Mas o Senhor nas alturas é mais poderoso do que o bramido das grandes águas, do que os poderosos vagalhões do mar” (Sl 93:4).

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               “Talvez ninguém deveria enfrentar uma onda tão alta quanto um prédio de oito andares e que quebra a cada vinte segundos, com a força do vagão de um trem… Quem surfa em ondas enormes não o faz porque é seguro, mas para sentir a emoção de domar uma onda assassina.” Essa declaração feita por Terry McCarthy, surfista no Waikiki, Havaí, lembra-me de minha longa e feliz carreira como evangelista, quando minha esposa e eu dirigimos mais de cem campanhas e vimos muitos serem batizados, prometendo embarcar numa emocionante aventura de “domar a onda assassina” do pecado e seguir a Cristo.
                 O compromisso com Jesus Cristo envolve constante ameaça de perigo, mas os crentes abraçam o desafio, sabendo que nunca estão fora do alcance do cuidado amoroso do Pai celestial. As ondas não irão submergir a vida do surfista.
Pete Cabrinha, surfista experiente de 42 anos de idade, já havia dominado ondas assassinas antes, mas dessa vez, ao surfar descendo à frente de uma onda gigante, girando sobre o famoso Jaws Reef fora de Maui, naquele dia de janeiro, ele não conseguia encontrar o chão. A onda “estava crescendo na minha frente e atrás de mim, e parecia que eu não chegaria a lugar algum”, ele se lembra. Ele já havia visto dez ondas horríveis aquela manhã. Assim, enquanto Cabrinha ganhava velocidade descendo a onda, sua orla de quebra fechou-se rapidamente atrás dele. As pessoas observavam da praia e gritavam: “Vai, Pete, vai!” enquanto deslizava velozmente na água branca.
Quando alcançou águas calmas, outro surfista lhe disse que aquela havia sido a maior onda que ele jamais vira. Quando as fotos de sua façanha ficaram disponíveis, mostraram-lhe uma onda de mais de 21 metros. Fui informado de que todo surfista tem o sonho de surfar numa onda de mais de trinta metros.

Vivendo no Limite

              A Billagong 2001, companhia australiana de surfe, criou a Odisseia Billabong, um fundo para pagar a viagem de surfistas para qualquer lugar do mundo, em busca da onda de mais de 30 metros. A Billabong premiará com 250 mil dólares o surfista que primeiro realizar a façanha.
             “Gerada por uma tempestade perfeita, longe, mar a dentro”, diz McCarthy, “a onda viaja a uma velocidade maior que 64 quilômetros por hora, quebrando com a força de um tremor de terra que pode ser ouvido vários quilômetros da praia; a onda de mais de 30 metros pode matar qualquer um que cair dela.” Impressiona-me o fato de que pessoas persigam um objetivo tão perigoso pelo simples prazer esportivo. A vida cristã é parecida com isso? Não estou encorajando os filhos de Deus a praticar esportes perigosos que são mais populares nessa área, mas compreendo a atração por hobbies aventureiros. Até o ex-presidente dos E.U.A., George H. W. Bush, comemorou seu 85º aniversário pulando de um avião.
                Lembro-me de que minha mãe não permitiu que eu fizesse o curso de pilotagem que eu queria tanto. Mais tarde, porém, quando estava no meu primeiro ano de estágio como ministro, Rose, minha esposa, me emprestou os 70 dólares de que eu precisava para pagar o curso. Minha primeira viagem solo foi o mais próximo que eu cheguei na vida do que é “viver no limite”.
               Anos mais tarde, desci esquiando numa colina, aos 63 anos, conquistando primeiro a mais baixa para enfrentar desafios maiores depois. De tempos em tempos, eu levava uns bons tombos. Cada queda me ensinava uma nova lição de como esquiar melhor. Esquiei por dez anos até que meu médico sugeriu que parasse por questões de saúde. Infelizmente, esse foi o fim de outra era de aventuras. É indescritível a sensação de descer uma montanha com a neve voando e o vento contra o rosto.
A vida cristã, também, é cheia de aventuras e a atração é experimentar “mais de Ti, ó Deus”. É emocionante manter um compromisso diário com Jesus Cristo, uma renovação diária do novo nascimento e a santificação que é obra de uma vida. Todos passamos por aventuras de fé onde pensamos estar vivendo no limite, mas temos a alegria de saber que Jesus está ali, para nos manter seguros.

Emoções e Quedas
                Descobri que a vida cristã, com o Céu a ganhar e o inferno a evitar, é a maior aventura dos seres humanos, mas a derrota nunca subiu à minha mente, pois com Jesus somos sempre vencedores. Após estar fora da notoriedade do evangelismo público por mais de 25 anos, ainda tenho contato com pessoas que foram parte daquela aventura.
A aventura da vida cristã também inclui as quedas. Quando era jovem, passei por uns “desvios” e, mais tarde, quando era pastor, com meus trinta e poucos anos, meu passado me incomodava a tal ponto que pedi a meu associado que me rebatizasse secretamente num lago. Ao olhar para trás, não estou certo de que aquela atitude foi correta, uma vez que o rebatismo pode se tornar uma porta que balança presa por dobradiças. Tenho certeza de que ainda sofrerei várias quedas antes de chegar ao Céu. Todos nós caímos.
                  O mundo desafia nossa fé com sua versão da onda de mais 30 metros, ao vivermos no limite com Cristo. Podemos esperar por ondas inesperadas ao nos aproximarmos da praia do país de glória. Surgirão situações para desafiar nossa confiança e compromisso, mas com Jesus e Seu Espírito Santo trabalhando em nós, sempre estaremos acima da onda.
                  E o tempo de angústia do fim dos tempos? Que venha essa poderosa onda! Por quê? Porque, então, estaremos seguros em Cristo. O tempo de angústia não é algo feito para amedrontar filhos desobedientes. Sim, o povo de Deus será provado, mas será trasladado e reunido com seus queridos. Deus diz: “Eles serão para Mim particular tesouro, naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos Exércitos; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve” (Ml 3:17).
Que dia abençoado será esse!


Pornografia: Realidade, Perigos e Libertação - Como Evitar e Libertar-se da Pornografia?



Não precisaremos de argumentos sociais, médicos e psicológicos para justificar a necessidade de evitarmos e nos libertarmos da pornografia tais como AIDS, destruição familiar, vício, desvio financeiro para esse fim, a falta de segurança e higiene nos locais destinados a esse fim, entre muitos outros. Acreditamos que as razões bíblicas nos são suficientes para dizermos não, mesmo que tenhamos de lutar contra a nossa própria vontade e nosso próprio coração. “Aquele que quer vir após mim, a si mesmo se negue…” são as palavras de Cristo para a nossa reflexão.

Uma vez que entendemos que a nossa natureza pecaminosa nos impulsiona para o mal (Rm 3.10-12), temos que buscar meios pelos quais possamos não sucumbir às muitas tentações que nos sobrevirão, cientes de que “não nos vem tentação que não seja humana, mas Deus é fiel e não permitirá que sejamos tentados além das nossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação nos proverá também o livramento, de sorte que podemos suportar” (1Co 10.13); e ainda: “naquilo que ele mesmo (Cristo) sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados” (Hb 2.18).

Tais promessas de Deus são como lenitivo para a alma. Mesmo que o salário do pecado seja a morte, “o dom gratuito de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23). Confiados nessas verdades ficamos fortalecidos para lutar contra as nossas concupiscências e fazer a vontade de Deus, pois “Ele é poderoso para nos guardar de tropeços e para nos apresentar com exultação, imaculados, diante da Sua glória” (Jd 24).

Gostaríamos, portanto, de oferecer aos nossos leitores algumas sugestões de como podemos evitar o mal que chamamos de pornografia:

1. Ter cuidado com o legalismo. Paulo escrevendo aos Colossenses diz que as doutrinas dos homens como: “não manuseies isso ou não toques naquilo… não terão valor nenhum contra a sensualidade” (Cl 2.21-23). A mera letra não nos fará fugir da tentação, se não for acompanhada de uma disposição muito forte do nosso coração de abandonarmos o prazer que a pornografia porventura nos proporcione.

2. Evitar lugares que inspirem sensualidade. Uma vez livres do legalismo, cada homem ou mulher deve conhecer suas limitações e jamais provar seus limites. Temos que deixar morrer a nossa natureza terrena (Cl 3.5-8). Aqui cabem as palavras do Salmo 1: “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores”. Baseados nestas palavras sugerimos as seguintes atitudes:

a) Escolher bem as amizades. Evitar aqueles amigos que tentam nos desviar, não fazendo caso da Palavra de Deus.

b) Aconselhar-se com pessoas crentes e sábias, e não com os ímpios.

c) Elevar os nossos pensamentos a Deus. Meditar dia a dia na Sua Palavra (Salmo 1:2).

d) Fazer nosso culto particular a Deus e encher nossos pensamentos com coisas edificantes. Em Filipenses 4.8, Paulo nos ensina em que pensar: “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que ocupe o vosso pensamento”.

3. Uma mudança de hábitos. É necessário fugirmos da tentação, antes que ela bata à nossa porta. Adquirir os seguintes hábitos pode ser muito proveitoso na hora de evitar e libertar-se da pornografia:

a) Dormir cedo, evitando assim os programas televisivos noturnos, que, via de regra, possuem conteúdo sexual.

b) Ficar na Internet apenas o tempo necessário. Não ficar muito tempo sozinho diante do computador.

c) Ocupar o tempo livre (isso não inclui nossa devocional) com atividades esportivas e edificantes.

d) Evitar envolver-se em qualquer tipo de conversação torpe (Ef 5.3-7).

4. Muito importante é evitar radicalmente o acesso a revistas, vídeos, programas televisivos e sites pornográficos.

5. Estimular o culto doméstico. É sempre bom a família estar unida em torno da Palavra de Deus. Este hábito fortalece o cristão.

Poderíamos colocar aqui muitas outras formas para ajudar cada um a fugir da pornografia, mas o mais importante de tudo, muito além de se colocar regras e estabelecer limites, é deixar muito claro que a raiz do problema não é nenhum desses fatores externos, mas o próprio coração do homem que é depravado e descomprometido com Deus, o Criador de todas as coisas. O antídoto é a fé confiante no poder do evangelho de Cristo que pode e muda o nosso caráter, imprimindo em nós uma nova natureza, regenerada e capaz, pela graça de Deus, de dizer não ao pecado.

Ouçamos a voz de Deus, através das Sagradas Escrituras, e busquemos a santidade oferecida no sangue de seu Filho Jesus Cristo: “tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus” (1Co 7.1).
 

Posted on 19/12/2011 by Blog Sétimo Dia

Pornografia: Realidade, Perigos e Libertação - De Onde Procede o Desejo de Ver Pornografia?



A pergunta que fazemos é: de onde procede este desejo de olhar e consumir material obsceno? Encontraremos as repostas na Bíblia, a Palavra de Deus.

Ela nos ensina que na criação Deus fez o homem e a mulher perfeitos e sem pecado e lhes deu alguns mandatos que deveriam ser obedecidos, mostrando-lhes que eram criaturas, apesar de terem sido criados perfeitos, sem pecado. Os mandatos foram estes, os quais continuam em vigor até hoje:

1. Mandato Cultural – “Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gn 2.15). O homem foi colocado por Deus no jardim para cuidar das coisas criadas.

2. Mandato Espiritual – “E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.16-17). O homem foi criado para ter comunhão com Deus. Esta comunhão estava condicionada à obediência ao que Deus havia determinado quanto a não comer da árvore.

3. Mandato Social – “Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne. E a costela que o Senhor Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe. E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2.21-24). O homem foi criado com a capacidade de ter uma família. Este privilégio, porém, dar-se-ia dentro de algumas regras que estavam implícitas na sua própria criação:

a) Monogâmico. O casamento deveria ser monogâmico, isto é, entre um homem e uma mulher (“deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher”, Gn 2.24).

b) Heterossexual. O casamento deveria também ser entre pessoas de sexos diferentes.

c) Sexo. As relações sexuais estão diretamente ligadas ao casamento. O plano de Deus foi que o sexo fosse desfrutado dentro do ambiente seguro do casamento. Isto fica implícito na expressão: “deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2.24).

Porém, depois da entrada do pecado no mundo todos esses valores foram distorcidos e os mandatos divinos para o homem foram atingidos:

Quanto ao mandato cultural, o homem que havia sido criado por Deus para cuidar das coisas criadas, tornou-se o próprio predador do universo. Veja como está a situação do mundo, da natureza, dos rios, dos mares! Estão todos sendo degenerados por causa do pecado do homem, por causa do próprio homem. O mandato espiritual foi igualmente atingido. O homem foi criado por Deus para ser obediente à sua vontade. Entretanto, hoje ele anda fazendo a vontade do mundo, do diabo e da carne (Ef. 2.1-3). O mesmo pode-se dizer do mandato social. O homem foi criado para ser monogâmico, heterossexual e conhecer a sua esposa sexualmente somente no casamento. Seguindo o que ocorreu com os dois primeiros mandatos de Deus depois da Queda, o mandato social foi duramente atingido pelo pecado. O homem começou a casar-se com mais de uma mulher e a cometer adultério. O apóstolo Paulo condena essa atitude: “Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não. Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne” (1Co 6.16).

Depois do pecado, o homem é escravo do pecado de tal forma que as suas paixões e desejos são contrários à vontade de Deus, pois são carnais (Gn 6.1-3). Longe de Deus e da sua vontade, o homem cada vez mais se afasta das verdades de Deus e se entrega aos desejos do seu coração.

Deus na sua sabedoria criou o casamento para ser fonte de procriação (Gn 1.28), de companheirismo (Gn 2.18) e de prazer (1Co 7.4-5), indicando desta maneira que o sexo não foi criado para ser fonte de prazer sem compromisso. No entanto, por causa do pecado, o homem tornou-se amante dos prazeres (2Tm 3.4), vivendo a vida para a sua própria satisfação. O descumprimento do mandato social e sua degeneração por causa do coração do homem têm levado à prática de toda sorte de imoralidades (adultério, homossexualismo e toda sorte de bestialidades).

Portanto, a culpa primária pela difusão e consumo da pornografia não é da televisão nem das revistas do gênero, mas de um coração morto nos seus delitos e pecados. “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias” (Mt 15.19). Claramente Deus afirma na sua Palavra que os que praticam tais coisas não herdarão o reino dos céus: “… prostituição, impureza, lascívia… a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam” (Gl 5.19-21).

A pornografia utiliza a criação de Deus, que é o próprio ser humano, para se levantar contra Deus de tal forma que os seus membros são usados para a iniqüidade. A Bíblia, entretanto, nos convoca a oferecermos nossos membros ao serviço de Deus: “nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça” (Rm 6.13).


Posted on 19/12/2011 by Blog Sétimo Dia

Pornografia: Realidade, Perigos e Libertação - O Que Tem de Mais em Ver Pornografia?



Muito embora os evangélicos em geral sejam contra a pornografia (alguns apenas instintivamente) nem todos estão conscientes do perigo que ela representa. Mencionamos alguns deles em seguida:

1) Consumir deliberadamente material pornográfico é contribuir para uma das indústrias mais florescentes do mundo e que, não poucas vezes, é controlada pelo crime organizado – A indústria pornográfica é uma grande fonte de renda para o crime organizado em todo o mundo, juntamente com o jogo e as drogas, movimentando bilhões de dólares por ano. A indústria da pornografia apóia e promove a indústria da prostituição e da exploração infantil. O dinheiro que pais de família gastam com pornografia deveria ir para o sustento de suas famílias. Alguns podem alegar que consomem apenas material soft contendo somente cenas de nudez — esquecendo que esse material é produzido pela mesma indústria ilegal que comercializa a pornografia infantil.

2) Consumir deliberadamente material pornográfico deixa cicatrizes para o resto da vida – As imagens ficam gravadas a fogo na mente e continuam lá para sempre, e vêm à tona com a excitação sexual. É similar a fumantes, que mesmo tendo deixado o cigarro, permanecem com manchas nos pulmões. É isto que testemunha um ex-viciado em pornografia, cujo depoimento anônimo na revista Leadership chocou o mundo evangélico: “Trago ainda hoje as cicatrizes do meu vício, apesar de já tê-lo vencido. Há a cicatriz da ‘inocência corrompida’. A pornografia se alimenta de nossa fascinação pelo que é proibido, e sempre estamos querendo mais. Minha vida de fantasia sexual extrapolava em muito a minha vida sexual real no casamento. Eu era um ‘voyeur’, experimentando sexo na solidão e isolamento, cada vez mais me afastando da minha esposa”.

Mencionamos abaixo outras seqüelas da pornografia:

a) Insensibilidade para com as perversões sexuais, fazendo-as parecer cotidianas e rotineiras.

b) Comparação injusta entre o corpo do nosso cônjuge e aquele dos modelos apresentados no material pornográfico, provocando impotência e desinteresse sexual dentro do casamento.

c) O hábito da masturbação que se alimenta da pornografia, sua matéria-prima.

d) Despersonificação dos seres humanos, ao exibir seus corpos e órgãos genitais, sem que o rosto apareça.

e) Hábito de desnudar as pessoas com a imaginação, ou de entreter fantasias sexuais enquanto conversa com pessoas do sexo oposto.

3) O consumo de pornografia abate e escraviza o crente – Há muitos servos e servas de Deus que estão vivendo um conflito: querem servir ao Senhor de todo coração, mas se vêem escravizados à pornografia. Esta derrota tira-lhes a vontade de ir à Igreja, ler a Bíblia e orar e de testemunhar de Cristo a outros. Sobre isto, escreve o Pr. Jorge Luiz César Figueiredo em artigo na Internet: “Quando a prática [da pornografia] torna-se um círculo vicioso, torna-se algo terrível. Tenho ouvido testemunhos de jovens que lutaram muito para vencer, alguns tiveram que ser radicais e pediram aos pais para tirar o computador do quarto. Esse quadro também cria uma falta de compromisso com Deus; o jovem não quer compromisso, pois não quer pagar o preço da renúncia. Se você enquadra-se nesse perfil sabe bem do que estamos falando. O sentimento de fracasso às vezes toma conta de você e até pensa em desistir, em largar Jesus, mas como você pertence ao Cristo de Nazaré, não pode mais voltar atrás”.

4) Consumir deliberadamente material pornográfico é violar todos os princípios bíblicos estabelecidos por Deus para proteger a família, a pureza e os valores morais. A própria palavra “pornografia” nos aponta essa realidade. Conforme já vimos, ela vem da palavra grega pornéia. Juntamente com mais outras três palavras (pornos, pornê e pornéuo) ela é usada no Novo Testamento para se referir à prática de relações sexuais ilícitas, imoralidade ou impureza sexual em geral. Freqüentemente essas palavras de raiz porn- aparecem em contextos ou associadas com outras palavras que especificam mais exatamente o tipo de impureza a que se referem: adultério, incesto, prostituição, fornicação, homossexualismo e lesbianismo. O Novo Testamento claramente condena a pornéia: ela é fruto da carne, procede do coração corrupto do homem, é uma ameaça à pureza sexual e devemos fugir dela, pois os que a praticam não herdarão o reino de Deus. A pornografia explora exatamente essas coisas — adultério, prostituição, homossexualismo, sado-masoquismo, masturbação, sexo oral, penetrações com objetos e — pior de tudo — pornografia infantil.


Pornografia: Realidade, Perigos e Libertação - Os Diversos Tipos de Pornografia



Os estudiosos do assunto, bem como os legisladores, fazem geralmente uma distinção entre diferentes tipos de pornografia, para fins de estudo e compreensão:

1. Softcore – Refere-se a material pornográfico que apresenta imagens de nudez e cenas que apenas sugerem a relação sexual.

2. Hardcore – Contém representação explícita dos órgãos genitais em cópula e de relações sexuais de toda a sorte.

3. Snuff – Fala-se ainda de vídeos snuff, onde pessoas praticam atos sexuais e depois são assassinadas. Entretanto, não se conhece nenhum exemplar destes vídeos que tenha sido distribuído comercialmente.

4. Pornografia infantil – É a representação, sob qualquer forma, de criança em ato sexual implícito ou explícito, simulado ou real, ou qualquer representação dos órgãos sexuais da criança para fins sexuais.

5. Erótica – Algumas feministas fazem uma distinção entre pornografia, que é a sujeição e degradação sexual da mulher através de imagens que representam o homem dominando e humilhando a mulher sexualmente, e a erótica, que é a representação sexual de homem e mulher em posição de igualdade e respeito mútuo.

Estas distinções podem nos ajudar a entender melhor o assunto e a perceber como diferentes pessoas entendem a pornografia. Entretanto, todas as diferentes formas de pornografia têm em comum a exposição pública da nudez e das relações sexuais humanas, com vistas ao despertamento sexual indiscriminado. Por este motivo, os cristãos não devem se deixar iludir por estas distinções, como se alguma forma de pornografia fosse menos errada do que outras.

Pornografia: Realidade, Perigos e Libertação - O Que É Pornografia?



Alguém já disse que é mais fácil reconhecer a pornografia do que defini-la. De forma geral, podemos dizer que pornografia é a representação da nudez e do comportamento sexual humano com o objetivo de produzir excitamento sexual. Esta representação é feita através de imagens animadas (filmes, vídeos, computador), fotografias, desenhos, textos escritos ou falados. A pornografia explora o sexo, tratando os seres humanos como coisas e, em particular, as mulheres como objetos sexuais.

A palavra pornografia vem do grego e significa literalmente “escrever sobre prostituta”. Com o tempo, passou a referir-se a qualquer material, escrito ou gráfico, de conteúdo sexual. O termo é usado hoje de forma negativa. A indústria pornográfica que produz filmes, revistas, vídeos e sites na Internet, prefere usar outros termos, como “material adulto”. Esta manobra é um eufemismo que visa retirar deste sórdido comércio a pecha negativa que ele possui.

É importante, porém, fazer uma distinção entre erotismo e pornografia. Existe um erotismo saudável, que consiste na exploração da sexualidade dentro do casamento. O livro de Provérbios nos traz um exemplo disto:

“Bebe a água da tua própria cisterna e das correntes do teu poço. Derramar-se-iam por fora as tuas fontes, e, pelas praças, os ribeiros de águas? Sejam para ti somente e não para os estranhos contigo. Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade, corça de amores e gazela graciosa. Saciem-te os seus seios em todo o tempo; e embriaga-te sempre com as suas carícias. Por que, filho meu, andarias cego pela estranha e abraçarias o peito de outra?” (Pv 5.15-20)

Ou ainda, o livro de Cantares de Salomão:

“Beija-me com os beijos de tua boca; porque melhor é o teu amor do que o vinho” (Ct 1.2).

“Que belo é o teu amor, ó minha irmã, noiva minha! Quanto melhor é o teu amor do que o vinho, e o aroma dos teus ungüentos do que toda sorte de especiarias! Os teus lábios, noiva minha, destilam mel. Mel e leite se acham debaixo da tua língua, e a fragrância dos teus vestidos é como a do Líbano” (Ct 4.10-11).

“Os teus beijos são como o bom vinho, vinho que se escoa suavemente para o meu amado, deslizando entre seus lábios e dentes. Eu sou do meu amado, e ele tem saudades de mim. Vem, ó meu amado, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias. Levantemo-nos cedo de manhã para ir às vinhas; vejamos se florescem as vides, se se abre a flor, se já brotam as romeiras; dar-te-ei ali o meu amor” (Ct 7.9-12).

Estas passagens mostram que o Senhor nos criou com sexualidade e que a mesma pode ser explorada e desfrutada dentro do ambiente do casamento. A pornografia é diferente, pois visa o excitamento sexual através da exibição de imagens explícitas de sexo, nudez e órgãos sexuais sem fazer qualquer distinção moral ou levar em conta adultério, prostituição, lesbianismo, além de formas pervertidas de relações sexuais.


Posted on 19/12/2011 by Blog Sétimo Dia

Como Ganhar Perdendo



Disse o homem: “Seu nome não será mais Jacó, mas sim Israel, porque você lutou com Deus e homens e venceu.” Gênesis 32:28

           Em suas biografias, a Bíblia não trata de esconder quem verdadeiramente eram as pessoas cujas vidas ela relata. Há, por exemplo, mais capítulos em Gênesis dedicados a Jacó e sua família do que a qualquer outro patriarca. É o único que vemos em ação como criança, jovem, marido e pai. Pela graça, tornou-se pai das doze tribos de Israel e ancestral de Jesus.
            O rabino e escritor Harold Kushner, em seu livro Que Tipo de Pessoa Você Quer Ser, menciona que escutou certa vez um psicólogo estabelecer um contraste entre dois tipos de moralidade. “Existe a moralidade da esperteza e da sagacidade, em que ter sucesso significa levar a melhor numa interação com outra pessoa por meio de um negócio feito com astúcia ou de uma resposta esperta. Nesse tipo de moralidade, o pior pecado é deixar alguém tirar vantagem de nós, e a pior punição é a vergonha quando outras pessoas nos desprezam por terem levado a melhor. Há também a moralidade da integridade, em que o bem maior é a consideração pelos outros e a pior punição é a culpa quando nos desprezamos pelo que fizemos.”
           “Esperteza” é a palavra que se enquadra bem na personalidade de Jacó. Quando as coisas não andavam como ele queria, encontrava um jeito de manipular as circunstâncias para não sair perdendo.
           Por meio da esperteza, aproveitou-se do irmão. Durante muito tempo ele teve que conviver com a realidade de ter enganado o irmão, tirando-lhe a primogenitura e todos os privilégios que ela trazia. Para complicar, enganou o pai e dividiu a família. Mas Jacó era do tipo que nem perdia sono por isso. Chegava a dormir até mesmo com um travesseiro de pedra e a ter bonitos sonhos.
           Por mais esperteza que quisesse demonstrar, tinha dentro de si o conflito de conseguir a qualquer custo o que quisesse, mas ao mesmo tempo se sentia insatisfeito pelo que havia feito. Esse conflito se aprofundou até que chegou ao auge, no momento da luta com o anjo. Da última vez, quem lhe perguntara o nome fora o pai. Sua resposta foi: “Esaú”. Agora, porém, admitia quem realmente era. Quando o anjo lhe perguntou qual era seu nome, estava em verdade perguntando: “Que tipo de pessoa você é? Você está vivendo de acordo com seus valores?”
Deus tomou a iniciativa de ir ao encontro de Jacó. Ao lutar com Deus, o egoísmo e a autossuficiência deram lugar à nova natureza. E Jacó ganhou um novo nome e um novo coração.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

De Filho do Trovão Para Discípulo Amado



"Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele, pois O veremos como Ele é. 1 João 3:2 "


          Seu próprio nome não aparece no Evangelho que ele escreveu, mas ele faz duas referências a si mesmo como “o discípulo a quem Jesus amava” (Jo 13:23; 21:20). Jesus o chamou de “filho do trovão”, e em três incidentes ele deixou transparecer seu lado audacioso e intempestivo. O primeiro foi quando os discípulos estavam indo a Jerusalém e os samaritanos não permitiram que eles passassem pelo seu território. Naquele momento, João desejou ter raios laser na ponta dos dedos, apontar para eles e reduzi-los a filetes de fumaça. Em outra ocasião, foi uma demonstração de ciúme e exclusivismo. Encontraram um homem que não era do grupo dos doze expulsando demônios. “Mestre, [...] procuramos impedi-lo, porque ele não era um dos nossos” (Mc 9:38). Mas demonstração de ambição mesmo foi quando pediu que ele e o irmão se sentassem um à direita e outro à esquerda de Jesus, quando o Mestre estabelecesse Seu reino. Ao ver essas coisas, eu digo: “Puxa! Ainda há esperança para mim.”
          Como “discípulo amado”, vemos a coragem de João em acompanhar Jesus em Seu julgamento. Aparentemente, ele foi o único discípulo presente na crucifixão de Jesus. João demonstrou sua ternura quando recebeu a mãe de Jesus. Além disso, a Bíblia seria incompleta sem os relatos contidos no Evangelho de João, como as bodas de Caná, os encontros de Jesus com Nicodemos e a samaritana e os detalhes da última ceia. E não podemos nos esquecer da definição de amor encontrada em sua epístola (cf. 1Jo 4:7-21).
           A convivência com Jesus, ao ver Sua compaixão no trato com as pessoas, ao se sentir amado e apreciado pelo Mestre, tudo isso contribuiu para transformar o “filho do trovão” em “apóstolo do amor”. “João era orgulhoso, ambicioso e de espírito combativo, mas por sob tudo isto o divino Mestre divisou o coração ardente, sincero e amante” (Ellen G. White, Educação, p. 87).
            Perguntamos, então, se o amor é cego, se vê somente o que é bom e desconhece o mal. John Powell disse: “Se meu motivo é o amor, a primeira coisa que farei será observá-lo, olhá-lo com os olhos supervidentes do amor. O amor realmente não é cego. É supervidente. A pessoa amorosa vê em outrem coisas que olhos sem amor jamais conseguem.” Jesus vislumbra aquilo em que podemos nos tornar. Ele pode nos transformar, como fez com João.

Meditações Matinais, CPB, Jan. de 2011

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Brinquedos de um Anjo Caído




O que são essas luzes misteriosas que correm como bailarinos cósmicos através do céu, à noite? piscam nas telas do radar da mente para em seguida desaparecer; nos deslumbram com a sua tecnologia, nos iludem com o seu mistério, nos assustam com os seus intrincados truques, seguindo-nos, enganando-nos, convencendo-nos e nos deixando na mão. Não identificadas e perigosas, o que são elas? Serão brinquedos de algum engraçadinho cósmico? Ou será que as pessoas são os brinquedos? Brinquedos de um anjo caído, para que brinque por algum tempo e em seguida jogue fora!

O que são essas estranhas coisas que ficam para cima e para baixo, feito ioiôs iluminados sobre as montanhas e as rodovias, os aeroportos e as cidades, desafiando até o restrito espaço aéreo, se escondendo quando apontamos um holofote poderoso em sua direção, e geralmente nos pregando sustos enormes? Dizem que a Companhia Rand, o fabuloso “tanque-pensante”, foi solicitada uma vez para colocar os dados dos OVNIs em um computador e travar uma guerra imaginária com essas ilusórias entidades. Como os computadores não conheciam a origem nem a tecnologia dos OVNIs, ou como atacar as suas bases, aconselharam a rendição.

Podemos dizer que os OVNIs são reais? Não, não importa se eles existem ou não. Alguma coisa muito real está acontecendo a milhões de pessoas e isso é o que importa. A questão não é se os discos voadores existem ou não, mas algo está acontecendo.

As pessoas são envolvidas com alguma coisa, quer seja real ou irreal. Elas estão deixando a vida mudar completamente, estão esquentando a cabeça, perdendo o juízo, tudo por causa dos OVNIs. Precisamos parar de discutir se elas os estão vendo ou não, se estão viajando neles ou não, se estão dizendo a verdade ou não; e tentar descobrir, se pudermos, a fonte desse fenômeno.

Não estaremos sendo ingênuos se reconhecermos que algo está acontecendo. O ingênuo é aquele que fecha os olhos e os ouvidos, e se recusa a admitir que alguma coisa errada está acontecendo. Chegamos a um ponto em que não é seguro enfiar a cabeça na areia, se nos preocuparmos de fato com nossa cabeça. Algo está acontecendo e não lucraremos nada tentando dizer a pilotos experimentados que o planeta Vênus está girando entre eles e a Terra. Nada conseguiremos dizendo a um piloto que a esquadrilha de naves superiluminadas que executaram manobras incrivelmente difíceis em alta velocidade, assustadoramente próxima ao avião dele, não passava de balões soltos por alguns adolescentes. Sempre que o desmentido se tornar ridículo, ele apenas age como um bumerangue que destrói rapidamente a credibilidade daquele que desmente.

Na democracia americana, só existem duas opções: podemos ser democratas ou republicanos. Ocorre o mesmo com os discos voadores. Parece que temos apenas duas opções, duas escolhas. Essas estranhas naves são ilusões ou são extraterrestres; uma coisa ou outra. Mas não acredito que estamos limitados a apenas duas possíveis explicações.

A Bíblia fala de um exército de entidades inteligentes que pode facilmente estar por trás de todo o fenômeno. Ouça o que as Escrituras dizem em Apocalipse 12:7 a 9: “E houve batalha no Céu, Miguel (Cristo) e os Seus anjos batalhavam contra o dragão (Satanás) e batalhava o dragão e os seus anjos; mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos Céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.”

O versículo três diz que um terço dos anjos do Céu ficaram do lado de Satanás em sua rebelião sem sentido, e foram banidos para a Terra com ele. São muitos anjos. Anjos transformados em demônios!
Não quero ser dogmático e dizer que Satanás é a fonte do fenômeno dos OVNIs. Não sei o que são. Eles podem ser uma nave militar secreta, alguma nave espiã por controle remoto ou bola de luz, ou alguma coisa que ainda não pensamos. Mas, sem dúvida, existe uma montanha de evidências que mostram que Satanás e seus demônios ajudantes são os principais suspeitos.

Temos um grande número de inteligências extraterrestres que estão operando agora na Terra. Elas têm a vantagem de poderem trabalhar invisivelmente, escondidas de todos nós e, embora banidas para o nosso planeta, ainda têm a mente brilhante dos anjos. Sabem mais sobre tecnologia do que os homens jamais sonharam e têm poder sobrenatural dentro dos limites que Deus estabeleceu.

Jesus nos alertou que no final dos tempos o planeta ficaria repleto de falsos profetas e falsos milagres. Ele disse em São Mateus 24:24: “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.”

“Se possível fora, enganariam até os escolhidos.” Por isso, os milagres têm funcionado. E agora o livro de Apocalipse no verso 14 diz: “Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios…”

Em Apocalipse 13:13 e 14, lemos: “E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do Céu à Terra, à vista dos homens e engana os que habitam na Terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse.”

Você já ouviu isso antes? Observe como essas palavras são descritivas. Fala de um agente de Satanás. Note que não diz: “sinais que tenta fazer” ou “sinais que finge fazer”. Diz “sinais que lhe foi permitido que fizesse” e esses milagres têm o propósito de enganar aqueles que habitam a Terra.

É bom podermos esclarecer bem essas coisas antes de prosseguirmos. O anjo caído, com seu exército de demônios, está bem equipado para engendrar um fenômeno como o que estamos discutindo.

Quer os discos voadores existam ou não, milhões de pessoas estão envolvidas com eles e estão sendo atingidas. Elas estão fazendo deles uma religião e, quer Satanás esteja originando o fenômeno ou não, ele certamente está explorando a situação ao máximo!

Muitas tentativas têm sido feitas para explicar as visões de discos, atribuindo-as a causas naturais. Há anos, eles culpam a Lua, a inversão de temperatura, refrações de luz, pássaros migratórios, nuvens, miragens, estrelas, gás do pântano, bolas de relâmpagos. Mas existem padrões nas visões que logo descartam tais explicações e indicam que algum tipo de inteligência está por trás dos OVNIs.

Em inúmeros casos, os discos são avistados em áreas isoladas e tarde da noite, sugerindo que preferem manter sua atividade em segredo, e geralmente são vistos nas noites de quarta e de sábado.

Será que os fenômenos conhecem nossos calendários e relógios? Não, alguma inteligência deve estar envolvida e não é preciso muita coisa para ver que o fenômeno não é natural, mas sobrenatural.

Esses fenômenos são realmente sensacionais. Afinal, desde o encontro no Jardim do Éden, esta tem sido a área de ataque preferida e mais bem-sucedida do inimigo. Ignorar é o mesmo que dizer a Satanás: “Olha, você fica aí dentro dos limites do sensacional e não o incomodaremos.” Isso dá ao anjo caído e seus ajudantes alguma vantagem.

Já ouviu falar em poltergeist? Fantasmas barulhentos. Sabia que quase sempre, quando há uma onda de OVNIs sendo avistada, há também uma onda de atividades de poltergeist?

O estudo interminável dos OVNIs avistados não é muito produtivo. Existem livros cheios deles e livros com mensagens que supostamente vieram deles, mas são repetitivos e tremendamente entendiantes. É muito melhor estudar as pessoas que avistam essas coisas. As pessoas são mais importantes. Essas pessoas, de todos os tipos, todas as profissões, inclusive de pilotos e policiais, não estão mentindo. Mas podem ser vítimas de mentiras, quando descrevem o que viram, o que aconteceu e o que lhes foi dito do modo mais sincero possível.

Coisas estranhas acontecem às pessoas que vêem essas coisas estarrecedoras no céu. Suas vidas tornam-se uma série de experiências bizarras. Seus telefones e televisão ficam descontrolados, rádios tocam sem terem sido ligados; fortes dores de cabeça, náuseas e perda de apetite são comuns. Elas são atormentadas por pesadelos e vêem aparições assustadoras. Poltergeists invadem seus lares; elas recebem estranhos visitantes, estranhos telefonemas; misteriosos carros pretos podem aparecer e desaparecer repentinamente. E quanto mais assustadas elas se tornam, mais aumentam as manifestações.

Logo após o primeiro contato, a personalidade pode começar a se deteriorar. Paranóia, esquizofrenia e até suicídio têm ocorrido, mas isso não quer dizer que a pessoa que vê um OVNI é louca. Mas, se o envolvimento não for interrompido, ele ou ela pode ser levado à loucura pelo fenômeno.

Você sabia que os sintomas experimentados pelos que contatam OVNIs, são os mesmos das possessões do demônio? Mexer com OVNIs pode ser extremamente perigoso. Até pesquisadores sérios correm grandes riscos. O conflito entre Cristo e Satanás não é folclore, é real. Os demônios são reais e traiçoeiros. Estamos lidando com inteligências que são capazes de alterar a percepção e produzir estados paranormais de consciência. Elas são capazes de alterar o senso de realidade do observador. Poderosas imagens são projetadas na mente com o propósito de alterar as crenças do indivíduo, fazendo dele um instrumento do sistema do engano. Isso talvez explique os relatos dos que são raptados e levados a bordo de um OVNI. Parece que a hipnose pode detonar o relato de uma experiência de rapto em quase qualquer pessoa, isto é, qualquer pessoa desinformada e imprudente o bastante para submeter a mente a outra pessoa.

Não estamos falando apenas em hipnose, mas em implante de pensamento. A pessoa se lembra do que a entidade que controla a sua mente quiser que ela se lembre. É provável que esses contatados jamais estiveram a bordo de um disco voador. Lembre-se que essas entidades são capazes de manipular a mente e induzir a um estado de transe. Se você pudesse encontrar um contatado no momento de sua experiência de rapto, você iria vê-lo em pé, rígido na calçada. Ele não foi a parte alguma. O que aconteceu com ele aconteceu somente em sua mente. Foi implantado ali. Vê quão perigoso pode ser qualquer envolvimento com discos voadores?

Vamos refletir sobre a experiência de rapto. Você pode dizer: “Se nunca aconteceu, como pode ser perigosa?” Mas nada é mais perigoso do que o que acontece na mente. O indivíduo pensa que ocorreu o rapto e toda a sua vida pode mudar por essa distorção da realidade. E, é claro, essa é a única finalidade do fenômeno. O verdadeiro objetivo é alterar a crença e o comportamento, e fazer do “raptado” um instrumento do sistema enganador.

Bem, as misteriosas máquinas voadoras estão realmente no céu? Elas estão quando os demônios querem que estejam. Os OVNIs vão para onde e quando eles quiserem. Eles seguem alegremente seu caminho, nos deslumbrando com seu comportamento inconsistente, nos espantando com suas manobras ilusórias, nos levando à loucura com suas brincadeiras cruéis. O sábio é aquele que conhece, ou pelo menos suspeita, quem são eles e os deixa para lá!

Talvez estejamos prontos agora para a pergunta: os OVNIs existem afinal? Evidentemente, não são como um livro, uma casa ou um avião, mas o fenômeno certamente existe.

John Keel, após quatro anos investigando OVNIs, em tempo integral, sem férias, concluiu que existem dois tipos de objetos voadores. Eles podem ser chamados de naves suaves e naves rígidas.

Os objetos suaves são luminosos, mudam de forma e cor, se dividem, aparecem e desaparecem diante dos seus olhos, sem qualquer explicação. Esses são os mais numerosos e evidentes fenômenos reais. Eles só podem ser explicados como manifestações do poder do demônio. Nenhuma outra explicação faz sentido ou se encaixa aos fatos. Testemunhas, repetidas vezes, têm confidenciado a John Keel: “Eu não creio que aquela coisa que eu vi seja mecânica. Tenho a distinta impressão que estava vivo!”

Existem também as naves rígidas – objetos sólidos que são com freqüência ou ocasionalmente vistos. Elas, às vezes, deixam marcas na terra quando caem. Em vôo, elas freqüentemente soltam pedaços de metal. John Keel acredita que esses OVNIs metálicos, aparentemente rígidos, são manipulações temporárias de matéria e energia. Essas manifestações são feitas por alguns momentos de uso ou talvez algumas horas, provavelmente para tentar provar que são reais ou apenas para confundir. E, em outras palavras, são materializações como as que são vistas no espiritismo, onde freqüentemente ocorre o mesmo com cinzeiros, apoiadores de livros, trompetes, etc. E os disconautas desmaterializam a nave.

Os paralelos entre o espiritismo e os fenômenos dos OVNIs, entre a atividade demoníaca e a atividade dos OVNIs, são assustadores. Médiuns entram em transe, espíritos atravessam portas fechadas, entidades de OVNIs parecem voar para dentro de suas naves, andar ou flutuar em sentido lateral. Em todos os campos, os seres humanos e objetos não-humanos são transportados sem meios visíveis. OVNIs e entidades demoníacas conseguem assumir a forma dos seres humanos, e freqüentemente o fazem.

Os devotos do espiritismo recebem mensagens supostamente de parentes falecidos. Os seguidores dos OVNIs recebem telefonemas de seres do espaço e mensagens que são mentalmente detectadas. E vêem monstros e aparições.

O hipnotismo alcança livremente essas áreas. As farsas são comuns. Os demônios são grandes mentirosos. Assim como as entidades dos OVNIs, os médiuns são possuídos, controlados e manipulados. Eles se tornam não apenas repórteres, mas microfones. Existe alguma dúvida de que poderes que operam nos salões escuros podem estar também pilotando seus brinquedos cósmicos?

A pessoa que se torna envolvida com OVNIs corre grande perigo, mas a pessoa que nega a existência do fenômeno pode estar em perigo ainda maior por estar despreparada para o encontro pessoal que pode muito bem estar reservado para ela. Negar a realidade do mundo invisível é ser engolido por ela!

O que essas entidades enganosas querem? Qual é o propósito de toda essa propaganda? Ao que tudo isso conduz? Com certeza, é algo bem maior do que você pensa. O que estamos testemunhando não é a guerra nuclear. Esse exército de enganadores não está se preparando para matar uma mosca. Eles têm uma verdadeira extravagância em mente! Satanás e seus demônios adorariam mais que tudo nos destruir agora mesmo. Mas, sem a permissão de Deus para pulverizar a raça humana, eles se contentarão em transformar em brinquedos os desinformados e os irrequietos.

Esteja certo que Satanás não ama nem mesmo os seus aliados. Ele brincará com eles por um pouco, fará jogos maquiavélicos, alimentará suas tolices, rirá dos seus problemas e os lançará fora como papel de bala sem utilidade. Mas nenhum de nós é brinquedo para Jesus. Para Ele, temos um valor infinito. O valor de uma alma jamais pode ser calculado a não ser que O vejamos na luta pela redenção da humanidade. Vê-Lo caminhando firmemente, com Seus olhos no Calvário, jamais olhando para o lado, jamais dando meia-volta, porque você estava perdido e o único modo de salvá-lo seria morrer em seu lugar. Vê-Lo num combate face a face com o inimigo, conquistando para você a vitória que jamais seria sua sem Ele! Vê-Lo no Getsêmani, chegando ao limite máximo de sua resistência, tão tentado que Ele teria morrido ali mesmo, no jardim, se não tivesse sido enviado um anjo para sustentá-Lo. Vê-Lo atravessar aquela terrível provação enquanto Seus amigos mais próximos dormiam. Vê-Lo na cruz, com apenas a oração de um ladrão para animá-Lo.

Não ouvimos nenhuma outra oração naquele dia, exceto a dEle. Por que Ele não desceu da cruz e chamou uma legião de anjos para tirá-Lo daquele pesadelo cruel do Gólgota? Por que não desistiu quando parecia que ninguém queria mesmo ser salvo? Ele sabia que, em algum lugar, alguns aceitariam o sacrifício. E Ele estava pronto a morrer se apenas um pudesse ser salvo deste planeta condenado.

Quem quer que seja você, onde quer que esteja, o que quer que tenha feito, por maior que possa ser a sua culpa, Ele quer perdoá-lo. Ele quer ser o seu Salvador, quer ser seu amigo. Seu relacionamento com Ele pode ser tão íntimo, tão real, tão duradouro como se você fosse o único no mundo a precisar do Seu amor e cuidado! Para Jesus, você jamais será um brinquedo. Para Ele, você será sempre um tesouro precioso. Ele jamais se cansará de você nem o jogará fora. Ele será seu amigo para sempre se você desejar!

Texto de George Vandeman, ex-orador do programa Está Escrito.



Posted on 27/08/2010 by Blog Sétimo Dia

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A Minha Graça te Basta

[Jesus] me disse: “A Minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza.” 2 Coríntios 12:9, ARA

Como cristãos, devemos lutar pela excelência, ao estabelecer nossos alvos e objetivos. Se não der certo, pelo menos teremos a convicção de ter feito o melhor que podíamos. No entanto, nosso desejo pela excelência pode nos levar a ultrapassar uma linha tênue, e cair na armadilha do perfeccionismo.


Uma definição de perfeccionismo é “a constante sensação de que nunca se consegue atingir o padrão desejado”. Se cairmos nessa armadilha, poderemos até passar para os outros uma ideia errada do que é cristianismo. Poderemos também prejudicar nosso relacionamento com as pessoas, porque elas não se sentem à vontade na presença de perfeccionistas, devido à maneira pela qual eles avaliam e julgam o comportamento alheio.


Por outro lado, os perfeccionistas não suportam ser criticados. Se erram no trabalho, no jogo ou numa apresentação, ficam o restante do dia interpretando negativamente os olhares e as palavras dos demais. Assim, o jogo, o trabalho e a participação em qualquer tarefa, não são aguardados com alegre expectativa, mas com medo de errar e não fazer melhor do que nas atuações anteriores.


Não podem relaxar nos fins de semana porque ali está o verdugo do perfeccionismo lembrando que têm de se preparar porque, senão, a apresentação pode ser incompleta.


Se você espera ir perfeito para o colégio, ficará sem estudar. Se quiser o emprego perfeito, vai ter que viver do seguro-desemprego. E se quiser um par perfeito, vai ser difícil se casar.


A pessoa com tendência ao perfeccionismo se torna presa fácil da opinião e avaliação dos outros. Preocupa-se com o que outros vão dizer: “Vou perder minha posição no ranking de cantor, orador, professor, etc.” É a tirania do “você deve”, “você precisa”. É a agonia de estar sempre na ponta dos pés, se espichando, tentando alcançar, mas nada... Ah, se eu pudesse ler mais a Bíblia, orar mais. Ah, se eu fosse...


Muitos anos depois do encontro com Cristo, o apóstolo Paulo ainda lutava com suas raízes de farisaísmo, e disse: “É claro, irmãos, que eu não penso que já consegui isso. Porém uma coisa eu faço: esqueço aquilo que fica para trás e avanço para o que está na minha frente” (Fp 3:13, NTLH).


Brennan Menning dizia: “Estar vivo é estar incompleto; estar incompleto é carecer de graça.”



Somente através da graça podemos nos tornar mais semelhantes a Jesus.

Meditações Diárias CPB 12/01/2011.