[Jesus] me disse: “A
Minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza.” 2 Coríntios
12:9, ARA
Como cristãos, devemos lutar pela excelência, ao estabelecer nossos alvos e
objetivos. Se não der certo, pelo menos teremos a convicção de ter feito o
melhor que podíamos. No entanto, nosso desejo pela excelência pode nos levar a
ultrapassar uma linha tênue, e cair na armadilha do perfeccionismo.
Uma definição de perfeccionismo é “a constante sensação de que nunca se
consegue atingir o padrão desejado”. Se cairmos nessa armadilha, poderemos até
passar para os outros uma ideia errada do que é cristianismo. Poderemos também
prejudicar nosso relacionamento com as pessoas, porque elas não se sentem à
vontade na presença de perfeccionistas, devido à maneira pela qual eles avaliam
e julgam o comportamento alheio.
Por outro lado, os perfeccionistas não suportam ser criticados. Se erram no
trabalho, no jogo ou numa apresentação, ficam o restante do dia interpretando
negativamente os olhares e as palavras dos demais. Assim, o jogo, o trabalho e
a participação em qualquer tarefa, não são aguardados com alegre expectativa,
mas com medo de errar e não fazer melhor do que nas atuações anteriores.
Não podem relaxar nos fins de semana porque ali está o verdugo do
perfeccionismo lembrando que têm de se preparar porque, senão, a apresentação
pode ser incompleta.
Se você espera ir perfeito para o colégio, ficará sem estudar. Se quiser o
emprego perfeito, vai ter que viver do seguro-desemprego. E se quiser um par
perfeito, vai ser difícil se casar.
A pessoa com tendência ao perfeccionismo se torna presa fácil da opinião e avaliação
dos outros. Preocupa-se com o que outros vão dizer: “Vou perder minha posição
no ranking de cantor, orador, professor, etc.” É a tirania do “você deve”,
“você precisa”. É a agonia de estar sempre na ponta dos pés, se espichando,
tentando alcançar, mas nada... Ah, se eu pudesse ler mais a Bíblia, orar mais.
Ah, se eu fosse...
Muitos anos depois do encontro com Cristo, o apóstolo Paulo ainda lutava com
suas raízes de farisaísmo, e disse: “É claro, irmãos, que eu não penso que já
consegui isso. Porém uma coisa eu faço: esqueço aquilo que fica para trás e
avanço para o que está na minha frente” (Fp 3:13, NTLH).
Brennan Menning dizia: “Estar vivo é estar incompleto; estar incompleto é
carecer de graça.”
Somente através da graça podemos nos tornar mais semelhantes a Jesus.
Meditações Diárias CPB 12/01/2011.
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